sábado, 23 de outubro de 2010

POLICIAL MILITAR MATA COLEGA
 DE FARDA EM INTERIOR DO ESTADO

O soldado da Polícia Militar Edson Carvalho de Queiroz se encontra foragido desde a madrugada deste sábado (23), depois de ter confessado, por telefone, ser o responsável pela morte de um colega de farda, o também soldado Geraldo Cleusimar da Costa, 35 anos.

Geraldo Cleusimar da Costa, 35 anos. (Destaque)

O crime aconteceu na cidade de Tenente Ananias, a 402 quilômetros de Natal. O motivo do assassinato seria legítima defesa: Edson teria matado Geraldo para se defender de um ataque, motivado por ciúmes, do colega.
A informação é da Delegacia de Tenente Ananias. Segundo o titular de lá, o delegado Clécio, o crime teria sido motivado pelo ciúmes de Geraldo pela ex-mulher dele, a dona-de-casa Maria Lucélia. "Os dois tiveram relacionamento com essa mulher em momentos distintos. Primeiro, foi Geraldo. Depois que eles terminaram, Edson começou. Contudo, parece que Geraldo nunca aceitou o fim da relação", afirmou o delegado.

Segundo o que foi conseguido pela polícia, Geraldo, inconformado com o fim do relacionamento com Maria Lucélia, teria ido até a casa dela e ficado do lado de fora, esperando a chegada do colega de farda. Quando Edson chegou, houve troca de tiros entre os dois e a Polícia Militar foi chamada. "Quando chegamos ao local encontramos Geraldo ainda com vida, mas ele não disse quem tinha atirado. Entraram em contato com Edson para ele ajudar na ação de busca ao bandido, mas ele pediu para falar com o superior dele e confessou ter matado Geraldo", afirmou o delegado.

A justificativa dada por Edson é de que teria matado o PM por legítima defesa. No entanto, ela não deve ser aceita pelo delegado Clécio. Segundo Edson, assim que chegou a casa de Maria Lucélia, Gustavo disparou cinco vezes contra ele e foi obrigado a responder aos tiros para não morrer. "Isso não justifica o fato dele ter se evadido do local e levando a arma do colega", afirmou o delegado Clécio, acrescentando que Edson não teria feito menção de se entregar.

Além do PM Edson, Maria Lucélia ainda não foi encontrada para prestar depoimento. A Polícia trabalha com a hipótese deles terem fugidos juntos.

FONTE: Tribuna do Norte
Polícia quer romper o medo que
população ainda sente

A governadora eleita do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, prometeu durante a campanha política implantar no Estado, por meio da Polícia Militar, o programa Ronda no Quarteirão – que vem dando muito certo no Estado do Ceará, copiado por vários Estados brasileiros. A forma é simples e eficiente. Nos últimos três anos diminuiu muito a violência na capital cearense e região metropolitana. Mas, por enquanto, o que se vê no RN ainda é um entrave entre polícia e comunidade.

Em 2009 foi montado o programa de Reestruturação da Polícia de Bairro, que ainda não apresentou resultados. Em 2000, foi montada a polícia comunitária que havia iniciado, timidamente, em meados de 1980, as “tão faladas” bases comunitárias - aquelas que sempre foram um “calo no sapato” dos administradores da segurança no RN não apresentavam evolução. A cúpula da polícia não confirma o porquê dos projetos não terem alavancado, porém, o que se comenta nos bastidores da polícia foi, sem dúvida, a falta de investimento por parte do governo do Estado. Prédios velhos e sem a mínima estrutura, veículos com pneus carecas e rádio transmissor que nem sempre funcionava era o que os policiais militares tinham para trabalhar. Hoje, sem dúvida, a realidade constatada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, que percorreu várias unidades da Polícia Militar é diferente, mas um dos mais importantes desafios deve ser rompido - a barreira do medo. A população ainda demonstra receio de se aproximar da polícia que, para parte da população, não tem credibilidade.

Com a imagem desgastada, a polícia que sempre esteve longe da população, agora quer trabalhar ao lado da comunidade. E está tentando. A solução: unir investimento, profissionalismo e conscientização. Uma receita que não parece ser tão difícil colocar em prática. Para romper as barreiras, as bases comunitárias estão ficando com “outra cara”.

Lago, Barreto e Rafael concordam que o trabalho de
policiamento comunitário tem surtido efeito (Aldair Dantas)

São 24 bases espalhadas pelas quatro zonas: Norte, Sul, Leste e Oeste. Pelo menos 11 delas já estão totalmente reestruturadas. Os prédios foram recuperados, os móveis são novos. O PM ainda conta com um notebook, um computador, coletes refletivos, máquina fotográfica digital e moto, além de uma viatura blazer em bom estado de conservação – as novas guarnições devem chegar nos próximos dias (veículo Astra).

Para o comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, todo o material destinado às bases comunitárias vai auxiliar nas primeiras investigações de um crime. “Esse material é de uso exclusivo da Polícia Comunitária. Estamos nos aproximando da população. Estamos fazendo tudo para estarmos ao lado da comunidade”.

O coronel Araújo diz que “hoje a polícia é cidadã. É necessário que todos estejam com o mesmo espírito. Juntos fazemos a diferença. Importante frisar que o policial é um trabalhador. Vive na comunidade”. Mas o PM que trabalha na base comunitária tem treinamento especifico?

Segundo o coronel, hoje os profissionais fazem cursos como: multiplicador de polícia comunitária, direitos humanos, entre outros. “Tenho convicção que a sociedade agora acredita mais na polícia”, enfatiza.Com a melhoria nas bases, foram adquiridos quatro Splinter. “Os policiais que trabalham na base são pegos no quartel e levados para o local de trabalho”, garante o comandante.

Sobre as duplas de Cosme e Damião que a população não vê mais nas ruas, o coronel argumenta: “Aumentamos o número de viaturas e, por isso, reduzimos a quantidade de policiais a pé. A vantagem é que se tem maior visibilidade. Os PMs que estiverem nas viaturas podem estar em vários locais. Há uma rotatividade”.

Até computador a base comunitária agora tem

O major Lago Júnior é responsável pelo 5º Batalhão que compreende toda a região da zona Sul. Além das oito bases, ainda há dois postos policiais que estão localizados em Cidade Jardim e na Ceasa. São 320 policiais militares e, pelo menos, 300 estão nas ruas. “São dois PMs por base, mas queremos mais. Hoje estamos com todo o efetivo do batalhão, praticamente, na rua, seja em guarnições, postos ou bases”, disse Lago.

O major afirma que são ao todo 33 carros para atender à população. Destas, 15 pertencem ao batalhão, o Bpchoque (Batalhão de choque), o Ronda Escolar e os policiais da Rocan (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) que percorrem toda a região sul de Natal.

Já o capitão George Barreto de Lira, supervisor da capital e região metropolitana, enfatizou que, estatisticamente, tem havido uma diminuição no número de ocorrências. “Há produtividade”.

O tenente Rafael Soares Ribeiro, que está nas ruas trabalhando junto à comunidade, acredita que a polícia está caminhando para a polícia comunitária. “É ideal e simples. A nossa filosofia (policiais) é interagir com a população”.
Francisca Tavares é líder comunitária do Serrambi e diz que é visível a melhora quando o assunto é segurança, mas que ainda deve se evoluir bastante para ser o ideal para a população. A líder comunitária disse que “os policiais estão mais presentes. Isso é bom para todo mundo”.

Já na zona Norte são dez bases em funcionamento. Na sexta-feira (22) foi reinaugurada a base do loteamento Planície das Mangueiras. Bem diferente do que a população está acostumada a ver nos bairros, conjuntos e loteamentos da cidade, agora nessa base os policiais trabalham com notebook, máquina fotográfica digital, móveis, coletes sinalizadores, além de carro e moto.

O subcomandante do 4º Batalhão da zona Norte, major Manoel Kenedy, informa que a zona Norte há dois anos ultrapassou os 350 mil habitantes e que a polícia estruturou as bases para atender a necessidade da população. “Nas bases teremos banco de dados. Fotos de bandidos e até o modus operandi de cada um. Tudo para que o trabalho seja mais rápido”.

Apesar da polícia estar tentando ficar mais próxima da população, o morador da zona Norte José Osmando Batista, acredita que a situação ainda é muito difícil. “Ainda não comecei a ver resultados. Estamos esperando”.

Já Reginaldo da Silva, 41 diz que o problema da segurança é crônico e que somente uma força divina conseguirá resolver o problema. “Só Deus”.

Ronda no Quarteirão é um sucesso

No Estado do Ceará, uma promessa de campanha do governador reeleito Cid Ferreira Gomes (PSB) está dando tão certo que não para de crescer. É o programa Ronda no Quarteirão. Criado em 21 de novembro de 2007, o projeto piloto foi colocado em prática, inicialmente, em cinco áreas heterogêneas de Fortaleza e região metropolitana. Muito trabalho unido ao aperfeiçoamento de agentes de segurança pública em agentes transformadores da pacificação social tornaram o projeto em um programa eficiente com adeptos em vários Estados da Federação. No Piauí, por exemplo, o programa Ronda no Quarteirão já foi colocado em prática. Vários outros Estados da federação mandaram representantes até o Ceará para conhecer o trabalho comunitário da polícia cearense.

O coronel Werisleik Matias, comandante do policiamento do Batalhão comunitário do Ronda no Quarteirão do Ceará, explica como funciona o programa, que possui quatro fundamentos básicos: o profissional (qualificação com cursos de capacitação), o homem (cidadão bem atendido), a comunidade (só existe polícia comunitária se tiver comunidade) e a tecnologia (investimento). “Além de um grande investimento logístico, nosso profissional é preparado com cursos de aprimoramento. E mais, 70% dos nossos soldados são graduados ou fazem pós-graduação”

O Ronda no Quarteirão começou com cinco bases comunitárias em locais onde o índice de violência era considerado alto. Aldeota que abrange Meireles e Praia de Iracema, Centro, Bom Jardim, Jangurussu e conjunto Jereissate. “A polícia se aproxima do cliente (população). Os policiais militares realizam visitas comunitárias. Vão em residências, escolas, condomínios, hospitais, igrejas. Queremos conhecer o cidadão, mas, principalmente, queremos que eles nos conheçam. Existe uma laço de confiabilidade entre polícia e comunidade”.

Durante as visitas, o policial entrega um folder ao morador com a foto de cada policial que trabalha na área, o nome e o horário em que cada um está de plantão. No folder constam, ainda, o perímetro coberto pela base e o telefone do veículo. Não existe custo para a população. Segundo os profissionais que atuam na área, só existe beneficio. Os policiais que trabalham no Ronda no Quarteirão são monitorados 24 horas para evitar desvio de conduta. “Caso haja necessidade de uma auditoria, temos tudo gravado”

Nos carros da polícia estão acopladas duas câmeras de filmagem. Uma delas fica localizada no painel e a outra no fundo do automóvel. As câmeras captam a imagem e o som de tudo o que acontece dentro do veículo e também alcança um ângulo de 30 metros. Na Hilux ainda há um computador de bordo onde o próprio policial pode fazer a pesquisa da Polinter (ficha criminal) de um suspeito ou então verificar se consta queixa de roubo de um automóvel, por exemplo. Werisleik Matias cita alguns meios tecnológicos importantes que colaboram para o bom andamento dos trabalhos. “O Ronda no Quarteirão possui um software georreferênciado (programa para visualizar as ocorrências), análise diária das dinâmicas criminais e um mapa detalhado dos locais onde os policiais atuam. É uma nova estratégia de fazer polícia”, completa.

Bate-Papo » Araújo Lima - coronel da PM

O senhor é um dos policiais mais entusiastas do Rio Grande do Norte quando o assunto é base comunitária. Por que?

Criei o policiamento comunitário em dezembro de 2000. Anteriormente, em Natal havia um trabalho voltado para esta área, mas não com o caráter científico.

A polícia deve trabalhar ao lado da comunidade?

Claro. Não sei porque hoje se agregou tanto equipamento e a polícia está longe da comunidade. O policial tem que conhecer o dono do mercadinho, a dona de casa, o estudante, o pessoal da igreja. Hoje os policiais ficam no ar condicionado (dentro das viaturas). Tem que estar nas ruas. O policial tem que conhecer a creche, o hospital.

Para o senhor, o policiamento comunitário é o caminho para a diminuição da violência?

Essa é a polícia de verdade que agora chega com força total em Natal. Todas as bases estarão equipadas. O índice de corrupção, por exemplo, é zero. Policia e comunidade se conhecem e se respeitam.

FONTE: Tribuna do Norte
Roberta Trindade - Repórter
POLICIAIS QUE PARTICIPARAM DE CAPTURA DE ASSASSINO DE RADIALISTA SÃO CONDECORADOS

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PM/RN) condecorou na manhã de ontem, no Quartel do Comando Geral, em Natal, os seis policiais militares do 6º Batalhão em Caicó que realizaram a captura de João Francisco dos Santos, também conhecido como “Dão”. Ele é o assassino confesso do radialista e jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, morto na noite de segunda-feira.

Os policiais militares homenageados foram: o cabo Alexsandro da Silva Santos e os soldados Sérgio da Silva Dantas, Francisco Araújo de Azevedo, Bruno Belizário Smith Nóbrega, Fabiana Araújo Medeiros da Silva e Joaci de Medeiros Lopes. Todos receberam a medalha do Mérito Profissional Coronel Bento Manoel de Medeiros. Ao término da solenidade a tropa desfilou em homenagem aos agraciados.

Após atirar no jornalista, “Dão” teria fugido na moto e, mesmo com poucas informações que pudessem identificá-lo, os policiais militares acabaram conseguindo localizá-lo e prendê-lo poucas horas depois do crime. No entanto, como não foi reconhecido pelas vítimas (ele usava capacete na hora do homicídio), o suspeito foi liberado pelo delegado George Davi, titular da delegacia de Caicó, após o interrogatório.

O trabalho dos PMs continuou e no início da manhã seguinte, eles encontraram em um matagal do bairro Paraíba, por trás do Batalhão de Engenharia de Construção do Exército, roupas iguais a que estariam sendo usadas pelo atirador. Além de uma jaqueta que é utilizada pelos mototaxistas da região, utilizada como disfarce, foram encontrados um jeans, sandálias e camisa. Um capacete cinza, igual ao descrito por testemunhas da fuga do atirador, também foi encontrado.

O delegado Ronaldo Gomes, que assumiu a investigação do homicídio, pediu para que os policiais fossem novamente atrás de “Dão” e o encaminhasse, mais uma vez, para a delegacia. Com os novos depoimentos, o suspeito acabou confessando o crime e os motivos pelo quais tirou a vida do jornalista.

FONTE: Tribuna do Norte
TROPA DE ELITE FEMININA



Mulheres mostram força no combate ao crime, um mundo ainda dominado quase totalmente pelos homens

Claúdia, Edmeiry, Denise, Vânia e mais 213 mulheres compõem a tropa de elite da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Norte. Um grupo que não é exatamente elitista por combater os crimes mais perigosos, mas pode receber essa denominação porque representa uma minoria social, como diz o sentido literal da palavra elite. Atualmente a PM tem 10.487 homens e 213 mulheres, o que representa 2% da corporação. O Corpo de Bombeiros é formado por 663 homens e 4 mulheres, exatamente 0,5%. Os percentuais são menores que os dos estados vizinhos. O efetivo feminino da PM paraibana representa 6% do total da corporação, enquanto que no Ceará, 4%. Enquanto que no RN elas não atingem nem 1%, no estado de Pernambuco o efetivo feminino representa 5,6%.

Os comandantes das duas corporações afirmam que não há nenhum regimento interno que limite o ingresso de integrantes do sexo feminino nas tropas ou mesmo que obrigue os concursos a seremexclusivamente masculinos. Eles até prometem abrir vagas em seus quadros para as meninas. Enquanto socialmente ainda se discute o motivo de não termos mais mulheres nas ruas, a psicologia já aponta as várias vantagens mentais e até físicas de trabalhar com o sexo "frágil".

Aos 40 anos - com carinha de 30 - e avó de um menino de 1 ano, que ganhou de presente de um dos seu três filhos, a soldado Claúdia Maria Moreira Cunha de Souza, não pensa em largar a Polícia Militar tão cedo. Ela é uma das três mulheres do Batalhão da Polícia de Choque do estado, que é composto por mais 227 homens. Porém é a única que vai junto com mais três colegas trabalhar nas ruas de Natal, carregando diariamente pelo menos uma metralhadora. As duas colegas de unidade trabalham no administrativo.

"Gosto é da rua. Venho trabalhar com alegria e vontade", disse Claúdia sobre seu trabalho.

Cheia de vaidade, vai para o trabalho com cabelos sempre muito bem arrumados, unha pintada, batom na cor da moda e brincos. Nem parece ser a mesma soldado que já cortou o cabelo igual ao de um homem para ser aceita no Batalhão de Operações Especiais (Bope). É que antes o batalhão operava junto com o BPChoque e tinha essa exigência. "Fiz um curso em 2004 que precisou de novo. Cortei outra vez", reafirmou. A patrulheira minimiza ter perdido os cabelos, pior foi fraturar os três dedos do pé, engessar no dia e tirar no outro sob ameaça de perder o curso.

Cláudia relata que aqui no estado nunca sofreu preconceitos por ser mulher, embora, quando integrou a Força Nacional - apenas os melhores policiais de todo Brasil fazem esse curso - e precisou treinar com o Bope do Rio de Janeiro, tenha percebido que não era bem aceita. "Só aguentaram a gente lá, porque a Força é uma instituição Federal", lembrou. Nas ruas parece que a situação é diferente. "Da forma como nós abordamos não dá muito tempo para alguém ter preconceito comigo", frisou. Na visão da soldado, o olho das ruas enxerga com admiração e aprova a coragem diária de enfrentar as situações mais adversas.

Capitã PM Claúdia, Edmeiry

Conquistas ao longo do tempo

A 1º Sargento Vânia Maria Porto, 39 anos, é da primeira turma de soldados com participação de mulheres na PM. Se hoje ainda existe algum preconceito por elas seguirem a carreira policial, na época de Vânia foi ainda pior. O namorado não aceitava e o próprio pai, que era policial, não demonstrava nenhuma vontade que a filha seguisse seus passos.
O setor administrativo do prédio da Companhia Feminina é atualmente seu local de trabalho. Mas Vânia recorda saudosista do tempo que era a única mulher em meio aos 75 homens da Rádio Patrulha. "No começo eles estranharam. Depois foram se acostumando. No fim, foi ótimo. Passei dois anos lá", lembra. Para ela muitas mulheres da PM ainda preferem o serviço burocrático ao trabalho ostensivo, o que acaba diminuindo o número delas nas ruas.

A comandante da Companhia Feminina, a capitão Edmeiry Neves Cassiano, 31 anos, confirma a colocação da sargento sobre as mulheres. "Tem muita mulher que está no administrativo por escolha própria. Assim que se formam todas ficam aqui, mas com o tempo vão sendo cedidas", explicou. A unidade hoje comanda cerca de 71 mulheres, sendo 50 que entram para o serviço da rua e o restante no administrativo e entram para o operacional a cada 15 dias. As demais estão distribuídas nas outras corporações, com exceção da Cavalaria e Rocam, composta estritamente por homens.

Diariamente saem da tropa feminina duas viaturas mistas, onde apenas o motorista é homem. O destino dos carros são os pontos de apoio das avenidas Roberto Freire e Afonso Pena. Também existem mais duas guarnições no presídio feminino com o colaboração de três soldados. É visível a necessidade de mais mulheres, destaca Edmeiry. "È preciso concurso. São muitas ocorrências envolvendo mulheres, que devem ser abordadas por mulheres", reforça a capitão.

A comandante acredita, baseada nas abordagens que sofre nas ruas, que existe o interesse do sexo feminino em entrar na PM, mas o que falta mesmo é a criação das vagas. A última vez que a instituição abriu espaço para formação de oficiais de ambos os sexos foi em 2005, que também foi o último edital desse tipo publicado. No ano seguinte foi lançado o concurso para soldado sem a inclusão das mulheres. "Em outros estados os concursos abrem para os dois. Não pode haver distinção de sexo", ressaltou.

Muita força física e psicológica


Conforme explicitou a capitão Edmeiry Neves, não há nenhum processo disciplinar envolvendo uma mulher na PM. "Elas são ótimas de comportamento", aponta a comandante. A psicóloga do Corpo de Bombeiros, Fernanda Queiroz, que acompanha a corporação desde 2007, afirma que as poucas mulheres que atende são mais fortes psicologicamente e aguentam mais pressão. "Às vezes mais forte até fisicamente. Nós temos um problema grave aqui de sedentarismo com os homens, mas elas são muito preocupadas com o físico", declarou.

Fernanda enxerga com urgência a necessidade na entrada das soldados na instituição. Como forma de avaliar o comportamento dos Bombeiros na hora de um salvamento, ela já acompanhou alguns resgates. "Principalmente no setor de ambulância. Tem que rasgar roupa, tem gente que não gosta e cobra que isso seja feito por uma mulher. Já teve casos do marido não deixar a esposa receber respiração boca a boca de um bombeiro", lembra a psicóloga que espera muitas aprovações femininas no próximo concurso.

As quatromulheres bombeiros são muito bem vistas pelo tropa, principalmente, pelo oficiais com formação recente que já percebe a importância delas na unidade. Segundo Fernanda, a sensibilidade feminina pode deixar o serviço ainda mais humanizado. "Faz falta mulher aqui dentro", completa a especialista.

Apenas quatro mulheres nos Bombeiros

Se a PM é praticamente um Clube do Bolinha, no Corpo de Bombeiros a situação é bem pior quando assunto é mulher na tropa. São cerca de 165 homens para cada mulher. Nunca houve na corporação um concurso para soldado incluindo as meninas. Há processo seletivo apenas para a formação de oficiais e o último resultou na graduação de apenas uma mulher. As demais inscritas provavelmente não conseguiram passar nas provas físicas ou não quiseram viajar para o Pará, onde acontece o curso.

A 1º Tenente Denise Maria Bezerra de Figueiredo, dona da maior patente feminina dentro do Corpo de Bombeiros, não entrou pela instituição. Ela integrou a turma de soldados PM de 2000 dois anos antes dos Bombeiros se emanciparem da Polícia Militar. Após a separação, Denise prestou concurso para o CFO e passou três anos no Pará sendo preparada para torna-se oficial. Foi a única do Rio Grande do Norte.

Hoje ela toma conta do setor de Operações e lamenta o baixo número de mulheres na unidade. "Espero que as próximas turmas sinalizem com um quadro feminino. O universo dos praças ainda é estritamente masculino", ressalta. Denise não nega que a preparação física é fundamental desde o ingresso até as atividades diárias que a bombeiro precisa atender, mas ressalta que o trabalho é de equipe e não necessita sempre de força.

Antes de ser bombeiro, ela trabalhou no setor financeiro do Natal Shopping e usa o raciocínio lógico que aprendeu nas ações da corporação. "É preciso colocar a peça certa, no lugar certo. Não tem a ver com sexo, mas sim com capacidade. Existem muitos equipamentos técnicos que não precisam de força", resumiu. Além da Tenente, integra a corporação a 2ª Tenente Leila Costa, que atua nos trabalhos externos, a Aspirante Márcia Martine e a 1º Sargento Maria Giuzonete Paulino Gomes, vinculada a secção contra Incêndios da Infraero.

PM não limita ingresso na Força

O comandante da PM, Coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, afirmar ter completo interesse na entrada de mulheres na tropa e espera a inclusão delas no próximo concurso público. Ele confirmou que o último processo seletivo para soldado não abriu vagas para mulheres, mas não soube justificar o motivo. Araújo assumiu o comando da Polícia Militar em abril deste ano e explica que não há nenhum regimento interno que estipule número de mulheres na corporação.

Já o estado do Ceará determina que a Polícia Militar deve ter no máximo 5% de mulheres no seu efetivo e nem esse percentual foi atingido ainda. "A lei estabelece uma quantidade de vagas para mulheres", disse o comandante Araújo. Segundo o coronel, as meninas que decidirem entrar na PM podem exercer todas as funções administrativas e operacionais. "Estamos precisando principalmente na área operacional", apontou. Não há PMs do sexo feminino na Cavalaria nem na Rocam ( Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas).

Em unidades de elite como o Bope e o BPChoque, são respectivamente 1 e 3 mulheres, mas apenas uma no serviço de rua, a soldado Cláudia. A Companhia Feminina tem um efetivo total de 70, sendo 50 no trabalho ostensivo e o restante burocrático. Em conversas informais com o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Carlos Kleber Lopes Barbosa, já tinha informado sobre sua vontade de abrir concurso com participação de mulheres no próximo ano. Porém, como a reportagem não conseguiu localizar o Coronel até o fechamento desta edição, não pode publicar um palavra oficial dele.

História

A primeira turma de PMs mulheres foi formada no RN em 1990 sob o comando da tenente-coronel Angélica Fernandes Azevedo, 42, que veio de Pernambuco após três anos do curso de Formação de Oficiais. Ela é a primeira potiguar a alcançar o posto de tenente-coronel. Apesar dos avanços na participação da mulher em instituições militares potiguares, um estado pequeno do Norte deu exemplo contra o preconceito em relação ao sexo feminino. Em Rondônia, no ano de 2003, a coronel Angelina dos Santos Correia Ramires, 43 anos, assumiu o comando geral da PM e está no cargo até hoje. Ela é a única mulher do Brasil no cargo. Foi alvo de preconceito ao ser nomeada para a função pelo governador Ivo Cassol. No dia da posse, alguns não a cumprimentaram e foi necessária uma intimação do governador para que o fizessem.

FONTE: Diário de Natal

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Elementos suspeitos tentam
aplicar golpe em Padres na cidade de João Câmara


 
Nesta quarta feira (20), por volta das 11h00min da manhã, a central de emergência da Polícia Militar recebeu denúncias que havia dois elementos suspeitos na residência paroquial de João Câmara tentando vender objetos sacros de alto valor para os serviços da igreja católica costumeiramente usada pelos padres.

 A Polícia Militar foi acionada, e ao chegar ao local os mesmos já tinham se evadido. Segundo o padre Edivan Araújo os dois homens encontravam-se num carro prata com placa de Goiana-GO, e se apresentaram como pai e filho, porém os mesmos desconfiados por causa da ausência do Padre Edivan que logo percebeu que se tratava de fraude, temendo serem presos fugiram da cidade sem concluir a venda.

Padre Edivan afirmou ainda que já tinha informações dos mesmos, pois já tinham agidos contra outras paróquias. Monsenhor Lucena ao saber da presença dos elementos na residência paroquial compareceu ao local com o intuito de ajudar a Polícia nas primeiras informações.

O GTO e a Guarnição de serviço normal fizeram buscas na região, mas infelizmente não localizaram os suspeitos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

NOTA DE REPÚDIO E APOIO
 
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte vem através desta manifestar a toda sociedade norte-rio-grandense seu repudio pelo ato de violência que culminou com a morte do comunicador Francisco Gomes de Medeiros, na cidade de Caicó, noite passada.

Para o Parquet Potiguar, o crime contra o radialista e repórter policial F.Gomes deve ser apurado com rigor para responsabilização dos culpados.

Neste sentido, o Ministério Público Estadual já designou o Grupo Especial de Atuação e Repressão ao Crime Organizado — GAERCO — para atuar em conjunto com a Promotoria de Justiça da Comarca de Caicó no sentido de que esse crime não entre para as estatísticas como mais um homicídio impune.

Por oportuno, prestamos nossa solidariedade aos familiares do referido repórter, o qual no exercício de sua profissão, muito contribuiu com a sociedade.

MANOEL ONOFRE DE SOUZA NETO

Procurador Geral de Justiça
Policia apresenta homicida do
Radialista F.Gomes

Na Foto : Acusado da Morte - Dão

As Policia Civil e Militar apresentaram na noite desta terça feira na DP em Caicó o homicida do Radialista F.Gomes.

O acusado, identificado por João Francisco dos Santos, conhecido como “Dão” confessou a autoria do assassinato do jornalista, na noite dessa segunda-feira (18) em Caicó.  De acordo com informações da Policia , o suspeito confessou o crime durante depoimento na tarde desta terça-feira (19) na delegacia do município, ao Delegado Ronaldo Gomes. 

O mesmo alegou que o motivo do crime foi o fato do jornalista F. Gomes ter  falado várias vezes no radio e até fora do radio sobre o envolvimento dele (o acusado) com o tráfico de drogas.  No entando, a polícia trabalha com a hipótese de que existe um mandante, alguém ligado ao crime organizado e ao tráfico de drogas naquela região.

O radialista e jornalista Francisco Gomes de Medeiros tinha 48 anos. Com mais de 30 anos de jornalismo, F. Gomes era um dos mais respeitados jornalistas policiais do estado e combatia o crime com textos publicados diariamente em seu blog. a a Rádio Caicó.

Segundo Ronaldo Santiago da Silva, cunhado da vítima que presenciou o crime, o jornalista foi assassinado por volta das 20h45, com vários tiros em frente à sua casa, na rua Professor Viana, 1269, no bairro Paraíba.

"Ele estava sentado na calçada em frente à sua residência quando um homem baixo e forte que estava com uma jaqueta verde, se aproximou em uma moto preta e efetuou cerca de cinco tiros que atingiram o tórax". (falou Ronaldo)

Após ser baleado, Gomes ainda foi socorrido ao Hospital Regional do Seridó, mas não resistiu aos ferimentos. F. atualmente dirigia o departamento de radiojornalismo da Caicó AM. Em sua carreira, ainda atuou nas emissoras A Voz do Seridó e Rural AM. Ele era casado com Eliane Gomes, e deixou três filhos.

BLOG: Blog de Eduardo Dantas
Conterrâneos e amigos se despedem do
jornalista F.Gomes




O Radialista foi sepultado no cemitério campo Jorge após a missa celebrada as 16h00 na Igreja de São José no Bairro Paraiba.


O Radialista F.Gomes, além de grande jornalista era também um grande desportista apaixonado por futebol, torcedor do Botafogo e regatas e pelo Atletico Clube Corintians, o galo do Seridó.


F.Gomes começou sua carreira como reporter esportivo fazendo transmissões pela Radio Seridó no campo do Almir Oliveira no Bairro Barra Nova.

O comunicador foi executado com cinco tiros na noite desta segunda-feira (18), em frente à casa dele, no bairro Paraíba.

FONTE: Blog de Eduardo Dantas
JORNALISTA MORTO ONTEM  EM CAICÓ
REVOLTA TODO RN


Jornalistas de todo o Rio Grande do Norte estão perplexos com o assassinato brutal do radialista e jornalista F. Gomes da cidade de Caicó.

Através do twitter, jornalistas de diversos veículos do estado manifestam seus pesares. O repórter Sérgio Vilar, do caderno de Cultura do Diário de Natal, propôs um ato de repúdio com os profissionais vestindo preto pela morte de F.Gomes nesta terça-feira.

O blogueiro Marcos Dantas, do Seridó, também manifestou sua revolta pelo twitter "Encontrando forças para externar toda minha revolta e dor pela morte de F. Gomes. Colega de radio, meu diretor de jornalismo e grande amigo".

O blogueiro Robson Xerife postou por volta das 22hs que a população do município está chocada com o crime brutal. Dois homens não identificados chegaram de moto na noite desta segunda-feira (18), pararam em frente à casa de F. Gomes, e dispararam vários tiros. Três disparos o atingiram. F.Gomes foi socorrido mas não resistiu.

Comandante Geral da PM disponibiliza efetivo para investigação do assassinato de F. Gomes.


O comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, afirma ter disponibilizado parte do efetivo da PM para investigar o caso. Ele conta que até policiais que estavam de folga se disponibilizaram a trabalhar.

Foram mobilizados na investigação policiais do 6°Batalhão de Caicó, da Polícia Civil, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor),  Batalhão de Operações Especiais (BOPE), e  inteligência da Polícia Militar. Além do delegado Ronaldo Gomes, da Deicor, Lenivaldo Pimentel e Sérgio Roberto da inteligência da polícia também estão no comando da investigação.

FONTE: Blog de Eduardo Dantas

domingo, 17 de outubro de 2010

Polícia Federal apreende 20 kg de crack em Mossoró

Policiais Federais da Delegacia de Mossoró prenderam em flagrante um vendedor de automóveis, maranhense, de 29 anos, que transportava em um veículo Astra, 20,3 quilos de crack. O acusado é residente na Vila Manoel Sátiro, em Fortaleza, no Ceará.

A prisão do maranhense ocorreu na última sexta-feira (15), quando os agentes realizavam uma fiscalização de rotina na BR 304, utilizando o posto da Polícia Rodoviária Federal, na saída para Tibau.

Durante a autuação, o suspeito, que é ex-presidiário e possui antecedentes por roubo e sequestro no estado do Ceará, assumiu que a droga era de sua propriedade e que seria distribuída em Natal.

Ele se negou a declarar a origem e a quem a entregaria na capital potiguar. A Polícia Federal acredita que parte da droga seria repassada para traficantes da “capital do Oeste”.

O vendedor preso foi enquadrado na Lei 11.343/06, podendo ser apenado com até 15 anos em caso de condenação. Ele se encontra recolhido na Cadeia Pública de Mossoró, à disposição da Justiça. Somente em 2010, a Polícia Federal já apreendeu no RN, um total de 170,6 kg de crack.

Fonte Nominuto

Falso militar é preso trabalhando na Secretaria de Segurança

RIO - Um falso tenente-coronel do Exército que conseguiu enganar a cúpula da Secretaria estadual de Segurança Pública por três meses acabou preso quinta-feira. Dizendo-se militar, Carlos da Cruz Sampaio Júnior trabalhava na coordenação da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, auxiliando na distribuição dos policiais e no planejamento integrado das polícias Civil e Militar. O golpe, no entanto, só durou o tempo da investigação pelo departamento de Recursos Humanos.

Após levantar a ficha de Carlos, a Secretaria de Segurança descobriu que ele não era das Forças Armadas, usava documentos falsos e possuía um revólver sem ter porte de arma. De acordo com as investigações, ele teria conseguido inclusive obter uma carteira de motorista com a documentação falsa de militar.

Quinta-feira, enquanto trabalhava, portando um revólver calibre 38, Sampaio foi preso por agentes da Secretaria de Segurança, no prédio da pasta, na Central do Brasil.

Encaminhado para a 4ª DP (Praça da República), ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e indiciado por falsidade ideológica e falsificação de documento público.

- Ele está preso por porte ilegal de arma, mas vai responder também por falsidade ideológica e falsificação de documento público. Foram instaurados dois inquéritos, um para apurar o porte ilegal de arma e outro para analisar os demais casos - afirmou o delegado titular da 4ª DP, Ricardo Dominguez.

Golpista já havia trabalhado antes na secretaria
 
Filho de um oficial militar reformado, Sampaio chegou a fazer prova para entrar no Exército, mas foi reprovado. Porém, conhecia todos procedimentos do Exército e se portava como se fosse militar. Ele já havia trabalhado na pasta entre 2003 e 2006, durante o governo Rosinha Garotinho.

Atualmente, Carlos era coordenador da 1ª Região Integrada de Segurança Pública, que abrange as regiões Sul, Centro e Norte da capital. Ele chegou ao cargo após ser apresentado aos responsáveis pela Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional, que o contratou por já ter trabalhado na pasta.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, Carlos já foi exonerado. Ele está preso na Polinter do Grajaú.

Fonte: O Globo

CAVEIRAS DO BOPE RJ Gravam CD Gospel


Sete policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a tropa de elite da PM do Rio, acabam de gravar um CD de música gospel. O grupo se chama Tropa de Louvor, mas é conhecido como "Caveiras de Cristo" --a caveira é o símbolo da corporação. Eles se apresentam com botas e roupas semelhantes ao uniforme da tropa. Nas costas das camisetas pretas, está estampada a frase "Se queres a paz, prepara-te para guerra".

"É um projeto pioneiro no Brasil, já que o Bope sempre foi conhecido como uma tropa de guerra. Hoje vem combatendo com palavras, com esperança", diz o sargento Luiz André Monteiro, 39, baterista e compositor
Os policiais militares ensaiam pelo menos duas vezes por semana numa capela improvisada no terceiro andar da sede do Bope em Laranjeiras, zona sul do Rio.

O grupo já se apresentou em São Vicente, no litoral de São Paulo, e recebeu convites para ir a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

"Antes do show, apresentamos uma palestra. Vamos pagar as viagens com o dinheiro da venda de nossas camisetas e dos CDs [da banda]. A intenção é pregar a paz", diz o sargento.
Cabo do Bope há dez anos, o contrabaixista Alexander Silva da Costa, 36, diz que fazer parte do grupo de música gospel "ameniza o estresse".

Há alguns anos, durante um confronto na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio, Costa matou um traficante. Ele diz que não se sente dividido entre trabalho e religião.

"Já me perguntaram: como é que pode você, sendo evangélico, ter que matar?  Não estamos ali para matar, mas para servir e proteger."

AUTOR: Folha On Line