SARGENTO SANDRA

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Desabafo de uma Mãe que teve o seu filho

 vítima da violência Urbana em Natal-RN

"Para todos que não conhecem esse menino lindo, seu nome é Roney Rodrigues. Aos amigos que já o conhecem, nem preciso falar tão preciosa pessoa que ele é! Meu filho querido, meu único filho. Só quem é mãe sabe o que estou sentindo. é lindo por dentro e por fora, estudou no Colégio César, Salesiano, Henrique Castriciano e Facex, onde se formou biólogo. Nosso Henrique ganhou bolsa integral por ser um ótimo jogador de voley. Nunca me deu trabalho, bom filho.. o neguinho da vovó e o negão da família!"

CONTINUAÇÃO DO DESABAFO - " No dia 24/02/2013 as 5:00 horas da manhã fui pegar meu filho no Santa Catarina hospital com a cabeça literalmente dilacerada por uma bala. Meu filhinho, razão dos meus dias.

Só quem passou sabe como meu peito está em pedaços. Olhei para o céu e perguntei: Porquê meu Deus? Será que meu filho, um homem de bem, não pode andar na rua para deixar um casal amigo, mas um marginal pode meter um tiro na cabeça de um jovem com um futuro pela frente? Naquela bala ele me destruiu, arrancou meu ar. Mas minha esperança não!

Hoje meu filho está em coma induzido com um cateter intracraniano, hoje ele fez mais uma cirurgia. Está vivo pois tive que comprar este aparelho que custa 12.000,00 a vista! Já imaginou? Graças a Deus a empresa que eu trabalho ''Ocean Palace'' me mandou um cheque na mesma hora! Este aparelho não tem no Walfredo, pois a nossa governadora Rosalba, não pagou aos fornecedores e eles o levaram!

Agradeço do fundo do coração a ajuda de cada um e peço que continuem orando pelo meu filho, pois ele é um exemplo até nesse momento. Foi dado como morto no primeiro dia e hoje já está sendo chamado de lutador. Os médicos falam que ele está lutando para sobreviver. Agradeço a todas as mães e pais e amigos de Roney que estão sendo fundamentais para mim nesse momento.

Tô com fé que meu filho vai viver, mesmo o caso sendo gravíssimo, ele vai viver. Deus vai nos dar esse presente, pois seu aniversário é dia 06/03. Não pode um marginal tirá-lo de mim com essa violência.

Os médicos tem como um caso raro, o médico que fez sua cirurgia disse que nunca tinha visto algo assim. Deus os estavam guiando na hora da cirurgia.

Pergunto a Ele que dor é essa que sufoca meu peito e deixa minhas pernas bambas, mas ao mesmo tempo me dá forças para levantar e buscar recursos para meu filho viver mais um dia e depois outro. Obrigada!"