Popó Porcino sofreu tortura Psicológica
Afirma delegada sobre Popó
A delegada Sheyla Freitas, da Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) falou na manhã desta quarta-feira (25) mais detalhes sobre a operação que deu fim a 37 dias de sequestro de Popó Porcino. A delegada também confirma que o fato de a maioria dos acusados serem do estado do Ceará pode ter influenciado na escolha da vítima do crime, visto que o estado fica próximo a Mossoró, cidade onde mora Popó e sua família.
“Houve uma tortura psicológica muito grande, ele era acorrentado, era vedado, a noite não tinha iluminação na casa. No caso, nos temos a informação de dois cativeiros, um em Pitangui, e o de Parnamirim.
Porém havia mais pontos em que a polícia estava fazendo monitoramento”, afirmou. “Juntamente com a atual mulher dele, que está com ele desde a adolescência, e também foi presa ontem, ela dá apoio a todas as ações dele, inclusive era ela quem cozinhava no cativeiro, ela pressionava muito Popó ‘Olhe, seu pai vai ter que pagar, se não você vai morrer’. Ele (Popó) se surpreendia muito, por ela ser mulher, ele chorar tanto e ela não se comover”.
A delegada Sheyla Freitas conta que a participação de todos os acusados já foi confirmada, e que a polícia acredita em Paulo Vitor como idealizador do crime. “Porém, a gente está começando agora e ainda precisa investigar mais alguns dias para ter uma noção geral dos demais participantes dessa quadrilha.
A princípio, ele (Paulo Vitor) é um estelionatário, já foi preso pela Polícia Federal, tem mandado de prisão para ele no Ceará por ter encomendado a morte de um vereador e de um ex-policial civil (duplo homicídio), tem passagem dele por receptação, envolvimento que ele teve num roubo, desde mais novo ele já era um menor delinquente”.
Sobre o acusado que morreu e o que ficou ferido durante a operação, Sheyla afirma: “O que morreu a gente precisa ainda fazer uma identificação principal sobre ele, mas pelo fato dele usar documentos falsos já é um indício de que ele é um fugitivo. E também precisamos apurar mais sobre a vida de Anderson, que foi alvejado, mas nós já temos a confirmação da participação de todos eles no evento”.
Com o depoimento de Popó e as demais prisões que deverão ser feitas nos próximos dias, Sheyla conta esperar a conclusão do inquérito, dentro dos 10 dias (prazo legal), e ter todo o apurado do sequestro.
Diário de Natal
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