quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Casos da câncer de mama
crescem 3,8% no Estado

O número de casos de câncer de mama no Rio Grande do Norte subirá cerca de 3,8%. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o RN registrará cerca de 540 novos casos entre 2010 e 2011 (220, apenas em Natal).

Equipe da Januário Cicco une forças contra o câncer de mama

A maternidade aderiu ao movimento internacional Outubro Rosa e ampliou a realização de exames. A expectativa, segundo Kleber, é realizar 500 mamografias em outubro - o dobro do total realizado todos os meses. Prevenir ainda é a melhor forma de combater este tipo de câncer - segundo com maior incidência no mundo, como explica Kleber Morais, diretor da Maternidade Escola Januário Cicco.

O câncer de mama representa 22% dos novos casos registrados a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade continuam altas, segundo o Inca. Em 2008, 11.860 pessoas com câncer de mama morreram, sendo 11.735 mulheres e 125 homens. Isso porque a doença costuma ser diagnosticada em estágio avançado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência. A incidência deste tipo de câncer é maior em mulheres com mais de 35 anos (homens também desenvolvem este tipo de câncer). Uianê Azevedo, ginecologista da maternidade Januário Cicco e especialista em imagem de mama, alerta, entretanto, que a idade está caindo.

"Antes, só mulheres com mais de 60 anos desenvolviam este tipo câncer. Depois, a idade caiu para 40 anos. Agora, já vi até jovem de 18 anos com metástase".

Segundo Uianê, é preciso investigar o que está por trás do aumento do número de casos e da redução da idade. "Sabe-se que a genética é responsável pela incidência de 10% dos casos. Precisamos investigar o que causa os outros 90%", afirma.

O Inca recomenda exame clínico das mamas anualmente a partir dos 40 anos. A partir dos 40, caso o exame clínico esteja alterado, é preciso realizar mamografia. Pesquisa do Ministério da Saúde revelou que 79% das brasileiras acima dos 25 anos já realizaram pelo menos uma vez o exame preventivo. A meta é que 80% das brasileiras, entre 25 e 59 anos, tenham realizado um exame nos últimos três anos até 2011.

Tribuna do Norte

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