sábado, 16 de janeiro de 2010

Segurança que participou de execuções em Caraúbas recebeu R$ 2 mil por cada crime

Um dos pistoleiros preso em flagrante, horas depois de ter assassinado o comerciante Francisco de Assis Alves, 45, "Tico", o segurança Edson Linhares Rodrigues, 20, disse que recebeu R$ 2 mil por cada crime de pistolagem. Ele também admitiu ter participado do homicídio contra o também comerciante Aldo Alves da Silva, irmão de "Tico".


Durante o período em que esteve ontem pela tarde no Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), o homicida declarou que trabalhava em uma empresa de segurança em Caraúbas e que conhecia suas vítimas.

Edson Linhares disse estar arrependido e chegou a informar à polícia o mandante dos crimes, mas o nome do homem apontado por ele ainda está sendo mantido em segredo para não atrapalhar as investigações.

O segurança foi preso por policiais militares chefiados pelo tenente Eromar Sátiro de Barros Júnior, comandante do destacamento em Caraúbas, que efetuou a prisão em flagrante, enquanto o suspeito estava escondido na residência de seu pai, localizada no bairro Leandro Bezerra, em Caraúbas.

No local, a Polícia Militar apreendeu dois revólveres calibre 38, provavelmente utilizados nos homicídios, e uma moto com as mesmas características da utilizada em ambos os crimes confessados.

Francisco de Assis foi assassinado na manhã da quinta-feira passada, 14, por dois homens em uma moto, enquanto chegava a sua residência no bairro Leandro Bezerra, em Caraúbas.

Segundo a polícia, a vítima já vinha sendo ameaçado há alguns meses após o assassinato de seu irmão, o também comerciante Aldo Alves, morto a tiros em outubro de 2009 enquanto estava em uma esteira em uma academia na presença do próprio filho.

O último homicídio de ontem ocorreu nas proximidades da Praça de Eventos. Segundo o delegado de Caraúbas, Dimas Genuíno Santos, o segurança admitiu ter pilotado a moto durante os crimes, e apontou o autor dos disparos como sendo seu vizinho, identificado apenas como "Ciel".

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