O Governo do Estado do Rio Grande do Norte vive uma crise na segurança pública, aliás, em outros segmentos também. Policiais civis, delegados, servidores do ITEP, praças da PM e até oficiais já externaram insatisfação com a administração da governadora Rosalba Ciarlini. Pois bem, agora, o Governo decidiu colocar a Polícia Militar contra a Polícia Civil.
Desde a última sexta-feira, quando os grevistas da Polícia Civil e do ITEP estavam acampados no Centro Administrativo, o Batalhão de Choque já tinha sido acionado para ficar nas imediações e impedir qualquer tentativa de aproximação dos grevistas da Governadoria. Até correntes foram usadas para fechar a porta da sede do Poder Executivo.
Nesta segunda-feira (16), o Governo do Estado foi ainda mais longe e determinou que a Polícia Militar estacionasse caminhões na entrada do Centro Administrativo para impedir que os grevistas entrem com carros de som e também fechou alguns trechos para bloquear a passagem de veículos menores.
Pois bem, a Polícia Militar, justamente por ser militar, tem que seguir ordens do Governo. A Polícia Civil não necessariamente precisa abaixar a cabeça e, por isso, vem batendo de frente com a administração de Rosalba. Os policiais civis e servidores do ITEP afirmam que tudo que buscam é o diálogo, mas ao invés de sentar e negociar com as categorias, o Governo prefere passar correntes na porta da Governadoria.
Se o Governo do Estado trata assim seus próprios servidores, imagine como não tem sido o atendimento ao resto da população. E o pior, a administração do RN (ou seria falta de administração) acaba de criar um clima tenso e desnecessário entre a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Quem perde com isso? Nós, claro. Se a Segurança Pública do Rio Grande do Norte já não está funcionando bem, imagina com a Polícia Militar e a Polícia Civil se estranhando.
Portal BO
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