segunda-feira, 18 de junho de 2012

VOVÓ CORAGEM
Caso idosa que enfrentou ladrão
dentro de casa e o matou

"Não me arrependi, mas não queria ter feito’, diz idosa que matou ladrão. Dona Odete Hoffmann, de 86 anos, deu três tiros no assaltante que invadiu sua casa no sábado (9).


Ela pode responder por não ter registro da arma. Uma vovó de 86 anos enfrentou um assaltante dentro de casa atirando. Uma senhorinha vaidosa e de expressão serena. A três meses de completar 87 anos, Dona Odete Hoffmann Pra acaba de viver uma história que prefere apagar da cabeça: “Quero esquecer isso tudo para aliviar a minha memória”, diz.

Ela mora sozinha no segundo andar de um prédio em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Caminha com dificuldade, por causa do reumatismo e da artrite. Mas encontrou forças para se defender de um homem que invadiu o seu quarto na tarde de sábado (9). Ela havia acabado de despertar de um cochilo.


 “Estava só observando, falando com ele carinhosamente, pensando que era o meu neto. ‘Mas como é que você entrou aqui? Por onde você entrou? ’. E ele não me dava confiança e fez assim para mim: ‘se acalma’, com o rosto virado para o outro lado. E saiu de costas.

Olhei bem e percebei que não era o meu neto”, conta Dona Odete. Ela achou melhor se proteger. “Eu vim aqui e disse assim: ‘será que eu encontro ainda o meu revólver? ’".

A arma, herança da família há mais de 50 anos, é um revólver calibre 32. “Levantei sem aparelho, sem óculos, sem muleta, sem nada, aí fui ao quartinho e olhei, estava tudo intacto.

Eu fui à procura dele, para cá e para lá e não estava. A porta estava bem aberta e ele estava bem na frente da grade falando comigo: ‘sua velha, isso, aquilo, abre esse portão’. Quando ele levantou os braços, que eu vi que ele vinha saltar em mim, foi o momento que eu dei o primeiro tiro.

Me apavorei porque eu nunca tinha feito isso, e também eu nunca tinha visto algo assim. Então,  depois ele resvalou e foi para o chão. Me deu a impressão que ainda ia acontecer uma coisa, aí dei mais dois tiros.

Foi o fim. Me lembrei do celular do Airton, meu genro, telefonei para ele. Eu disse: ‘Airton, eu matei um homem! Airton, matei um homem!’. Achavam que eu estava sonhando”, lembra.

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