quinta-feira, 21 de junho de 2012

FATALIDADE

'Quero saber quem foi responsável',
diz pai de militar morto em explosão

"Quero saber quem foi o responsável. Meu filho era estudioso, empenhado, chegou a ficar em 125º lugar na prova do Exército de todo o Brasil. Ficou um ano no Amazonas estudando para conseguir essa pontuação. Aí ele volta para o Rio, pra morrer aqui?", desabafou Célio Alves Eugênio, pai de Vinícius Figueiras Benedicto, 22 anos, morto em uma explosão na noite de quarta-feira (20).

Segundo Célio, ele foi avisado sobre a morte do filho por volta das 2h de quinta. "Me ligaram e disseram que o treinamento já tinha terminado e que meu filho tinha ido com mais alguns amigos do quartel fazer uma fogueira para esquentar a comida e do nada houve uma grande explosão.

Eu só posso deduzir que, se isso é verdade, talvez tivesse uma granada enterrada no chão onde ele foi fazer a fogueira e que acabou explodindo. Tenho que esperar o resultado da perícia, porque infelizmente o que parece é que foi um acidente de trabalho", contou.

Célio ainda relatou que era desejo do filho, se lhe acontecesse algo, que fosse enterrado com o uniforme do Exército: "É estranho, mas ele amava muito o que fazia, e assim foi feito, a vontade do meu filho prevaleceu. Era o desejo dele", disse.

O pai ainda acrescentou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML), ao qual ele teve acesso na manhã desta quinta (21), apontava que o jovem teve o tórax arrebentado e atingiu a membrana do coração.

Vinícius Figueira adorava o Exército, segundo os parentes
 (Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução)

Área era usada para instrução

A área em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, onde o artefato explodiu, era usada até o ano passado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais do Exército. De acordo com o militar, cerca de 240 jovens participavam de treinamento iniciado na segunda-feira (18) no Campo de Instrução de Camboatá e estavam divididos em grupos. Uma dessas equipes, com 12 alunos e um instrutor – o único que não se feriu, se preparava para dormir quando houve a explosão.

"O exercício era de sobrevivência e nenhum dos alunos manuseava qualquer tipo de explosivo. A perícia está sendo feita e só o Inquérito Policial Militar vai poder dizer o que causou a explosão”, explicou.

Dos 10 feridos, três estão em estao mais grave, mas sem risco de morrer.

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