terça-feira, 20 de julho de 2010

Agências do Banco do Brasil são alvos
de quadrilha na região Oeste do Estado do RN

Quadrilhas agem com ousadia no interior do estado do RN e desafia a segurança pública da região do Alto oeste.

Os bandidos chegaram a Umarizal por volta de 01h00min da manhã de ontem (19), de chegada tentaram render os policiais, porém desconfiados os policiais resolveram não atendê-los, permanecendo no interior do destacamento, percebendo assim que os bandidos teriam furados os pneus da viatura, e ao ouvir o barulho das dinamites os policiais solicitaram reforço policial.

“Poderia até ter sido abortado se eles fossem informados no momento do assalto. Mas haveria a preocupação de se pedir um reforço porque eles sempre andam em alto número. São no mínimo dez”, comenta o coronel Welinton Alves, responsável pelo policiamento que vai desde a região do Vale do Açu ao Alto Oeste.



Nas Cidades de Umarizal e Martins toda a população ouviu os estrondos da explosão causada pelas dinamites durante a ação dos bandidos.
Há pouco mais de uma semana, quando um grupo fortemente armado invadiu o Destacamento da Polícia Militar de Serra do Mel, agrediu e humilhou policiais que foram feitos reféns por cerca de uma hora, acreditava-se que essa seria uma das mais ousadas ações realizadas no interior. Poucos dias depois, bandidos explodem duas agências bancárias, também no interior.

Ressalvadas as suas proporções, os últimos dias no interior do Rio Grande do Norte têm se assemelhado com aos tempos difíceis enfrentados pelas autoridades públicas na época do cangaço, quando o bando liderado por Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, invadia, destruía e esbanjava seu poder na região Nordeste.
Em cidades de maior porte, como Mossoró, Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, onde, teoricamente, há maior segurança, ações como essas dificilmente ocorrem com essa frequência. É que nessas cidades, há maior presença da força policial.Sabendo disso, os bandidos acabam escolhendo cidades de menor porte, que contam com, no máximo, quatro policiais por dia, para invadir, saquear e esbanjarem seu poder.

Em Serra do Mel, havia apenas dois policiais militares e ambos sofreram devido a falta de segurança que há nas cidades de menor porte. Em Martins e Umarizal, havia entre três e quatro policiais, em cada uma delas, o que torna praticamente impossível uma retaliação imediata ao bando.





Até o fim da manhã de ontem, cerca de 50 policiais militares de várias cidades da região Oeste do RN estavam mobilizados na operação para tentar localizar os assaltantes. Porém, já no início da tarde, o efetivo havia sido reduzido em pelo menos a metade, segundo o coronel Welinton Alves, que acompanhou de perto todo o trabalho dos PMs na região. Ele explica que, com o passar das horas, diminuem as possibilidades dos bandidos serem presos em ações ostensivas. A partir de então, entra em campo o trabalho da Polícia Civil, que tem a incumbência de investigar os dois assaltos.

Mulher estaria entre os bandidos

O modo operacional dessa quadrilha chamou a atenção até dos mais experientes policiais do Rio Grande do Norte, já que, até então, ações dessa natureza não haviam sido registradas no Estado, segundo o coronel Welinton Alves, há 30 anos na Polícia Militar. Porém, a participação de uma mulher na linha de frente da operação criminosa também provocou muitos comentários.

De acordo com as imagens, que ainda não foram divulgadas pelo Banco do Brasil, mas já foram repassadas à Polícia Civil para a investigação, a mulher teria um papel de destaque na quadrilha. As informações iniciais, com base nas imagens, dão conta que a incumbência de instalar os explosivos seria dela e de outras dois que a acompanharam-na.

“Todos estão encapuzados, mas pelas imagens, da para perceber que uma mulher entrou no banco com outros dois homens”, afirma o coronel Welinton Alves, que está acompanhando de perto todo o trabalho de investigação. “Realmente é muito estranho vermos uma mulher participar desse tipo de ação. Já tivemos casos de participação feminina em crimes, mas nada como esses dois”, comenta o oficial.

A suspeita inicial é que essa mulher tenha algum tipo de formação, seja acadêmica ou por cursos técnicos, na área de explosivos e que poderia ter sido contratada somente para a instalação dos explosivos.




O Teto das duas agências não suportaram
a explosão e vieram abaixo

Caixas eletrônicos destruídos

NOTA DO BLOG: A falta de temor e Respeito dos bandidos nos dá uma base da alta periculosidade da quadrilha.

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