quinta-feira, 13 de maio de 2010

POLICIAIS FEMININAS DE SP COMEMORAM 55 ANOS DE ATUAÇÃO

O Comando de Policiamento do Interior (CPI-7) realiza entre a manhã e a tarde de hoje uma série de atividades referentes ao 55.º Aniversário da Polícia Feminina do Estado de São Paulo, comemorado amanhã. O evento começa às 10h no Teatro Municipal Teotônio Vilela (Alto da Boa Vista), quando os convidados serão recepcionados com uma exposição de fotos e uma apresentação de tango. Em seguida, haverá palestra com o Coronel Arruda, do Centro de Altos Estudos de Segurança, com o tema Amor pela Vida, intercalado por apresentações musicais do próprio palestrante. Para falar sobre a história da mulher na Polícia Militar, foi convidada a tenente Herika, da polícia de Avaré.

Após a palestra, a jornalista Ângela Fiorenzo interpretará uma canção em homenagem às convidadas. Por fim, acontece a apresentação do cantor e compositor sargento Lago. Entre as mulheres homenageadas, está a coronel Iara, primeira a conquistar esta graduação da primeira turma de PMs femininas, formada em 1955. Foi neste ano que começou a história das mulheres na PM, em São Paulo, cidade pioneira a implantar uma corporação militar feminina.

O primeiro grupo reunia doze mulheres, desarmadas e com a missão de trabalhar em atividades assistenciais. Atualmente, elas já são quase 10 mil na PM de todo o Estado, o equivalente a 10% de toda a corporação. Só no CPI-7, que abrange 79 municípios do interior paulista, são aproximadamente 370 mulheres. Hoje em dia não temos mais diferenciação. As mulheres estão em quase todos os postos da PM, como a Força Tática, atendimento telefônico, Ronda Escolar, Policiamento Ostensivo, Corpo de Bombeiros, entre outros, explicou a tenente Luiza Maria de Oliveira Geraldi, que participa da organização do evento. Para a militar, a comemoração também serve para as policiais refletirem sobre a importância em manter a doçura e sensibilidade feminina, apesar da postura firme.

A major Cláudia Virgília, de 39 anos, é um dos exemplos de amor e dedicação à profissão. Militar desde 1989, quando se formou soldado na Academia de Oficiais, avalia que a aceitação da presença feminina na polícia é diferente de quando começou a carreira. Os primeiros anos eram sempre desafiadores. Escutava muitas coisas como ‘você é ótima apesar de ser mulher. Tínhamos que provar um pouco mais da nossa capacidade para nossos colegas e a própria sociedade. Hoje não é mais preciso ficar o tempo todo provando ser uma boa profissional. Para a major, a flexibilidade na conduta e controle emocional são considerados fatores essenciais para as mulheres que pretendem seguir carreira na PM. Mãe de um filho com 13 anos, Cláudia destacou o desafio de conciliar o convívio familiar com a profissão.

Na opinião da coronel Fátima Ramos Dutra, que já acumula 27 anos de serviço na PM, a sensibilidade característica das mulheres ajuda no exercício dessa profissão, que trabalha de forma direta e constante com a sociedade. Entre os momentos mais marcantes da carreira, Fátima se lembra de uma ocorrência simples, mas que a emocionou: o atendimento a um menino com três anos de idade, perdido no terminal de ônibus. Eu o conduzi ao distrito mais próximo e em pouco tempo se apegou muito a mim, por isso tive dificuldade em deixá-lo. Tive que sair escondida para que não notasse, conta emocionada.

FONTE: http://www.cruzeirodosul.inf.br/

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