segunda-feira, 12 de abril de 2010

Prostituição ocorre em plena luz do dia na Zona Oeste de Natal

Roupas curtas e sensuais, maquiagem a retocar e um forte cheiro de bebida alcoólica, além de uma resposta pronta a dar a quem passa e mexe com elas. As prostitutas que atuam entre as ruas dos Caicós (Av. 7) e da Luz, no bairro de Dix-Sept Rosado, na Zona Oeste, não se importam com o olhar de reprovação dos curiosos, com a pilhéria dos "gaiatinhos", ou com a inocência de muitas crianças que passam por ali e são obrigadas a ver situações constrangedoras até para adultos. Alheias à chuva, ao vento e às críticas dos moradores do entorno, elas são as donas da situação, ali oferecem seu produto apelando de todas as formas, até tirando a roupa para chamar a atenção dos motoristas mais desavisados. Os moradores reclamam às autoridades e denunciam que muitas fazem o "ponto" não apenas de prostituição mas também de venda de drogas.

Para alguns comerciantes e moradores, essas "meninas" frequentemente são vistas em cenas de violência na área, tendo sempre a droga e osexo como instigadores do problema e, às vezes, são flagradas em atos sexuais dentro dos carros e fazendo necessidades fisiológicas praticamente ao ar livre. A dona de casa Maria Gomes de Araújo, 35, disse que para atrair os homens, elas mostram até as partes íntimas sem a mínima vergonha na cara". Outra dona de casa, Maria da Conceição da Silva, 72 anos, acredita que tem várias dessas "meninas" ainda na adolescência, trazidas por outras de maioridade. Sua maior preocupação é com seus netos e bisnetos que não podem brincar na calçada porque vez em quando elas brigam atirando pedras umas nas outras.
Aumento
Segundo declarações da comunidade, existem cerca de vinte prostitutas atuando no local, número que têm inclusive aumentado nos últimos anos." A reportagem do Diário de Natal foi até o local e constatou a chegada de alguma delas no final da tarde para mais uma noite de labuta que vai "até o nascer do sol. A maioria vem das periferias da zona Norte e da zona Oeste da cidade com idade entre 20 e 30 anos. Uma delas é Jéssica Beatriz da Silva, 23, que há três anos faz ponto no local. É impossível um homem passar na rua e não ser abordado por ela, recebendo o tradicional convite. Aparentando ter feito ingestão de bebida alcólica e drogas, ela prefere que seu filho de 6 meses seja criado pela avó. "Fico aqui por conta dele, para levar as coisas para casa", disse ela anunciando que seu programa custa R$ 30, valendo 'tudo', mas está aberta ao diálogo. Jenniffer Silva, 23 anos, que está há cinco anos fazendo ponto no local, cobra um preço mais em conta: apenas R$ 15 com direito também a 'tudo'.

FONTE: DIARIODENATAL

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