sábado, 6 de março de 2010

PM patrulhava área sem autorização

 O soldado PM José Nelson Fernandes, 35, conhecido como J. Fernandes morto na madrugada de ontem, por um suposto traficante, no Loteamento Dom Pedro I, na Zona Norte, não havia recebido determinação do oficial de serviço para fazer patrulhamento naquela região. A área de atuação do soldado compreendia a localidade de Nova Natal.


Francisca Lúcia Lopes Dantas, mulher do suposto traficante, foi executada logo após depoimentoA viatura 410, onde estava os policiais, Talles Medeiros, J. Fernandes e “Jerry” só poderia ter se deslocado da área de atuação com a determinação do oficial de serviço ou então, por meio, do Centro de Operações Integradas da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social (Ciosp), o que não teria ocorrido.

O major Lenildo Melo de Sena que era comandante do soldado e responde pelo 4º Batalhão da zona Norte disse que questionou o oficial de serviço: “Perguntei se ele havia determinado que a viatura fosse àquele local. A resposta foi negativa. Também não tenho conhecimento de que a ordem tenha partido do Ciosp, porque, automaticamente, o oficial seria informado, mas, mesmo assim, vou averiguar”.

O major explicou que a maioria dos veículos da Polícia Militar está equipada com GPS, porém, não soube dizer se na viatura 410 havia o equipamento.

Questionado sobre a denúncia da população do Loteamento Dom Pedro I de que os policiais haviam ido até à casa de Jackson Michel da Silva, 20 (que foi baleado e está internado) para extorquir a família, o major disse que não descarta nenhuma possibilidade e que vai abrir um inquérito policial administrativo para, paralelamente, à investigação da Polícia Civil apurar os fatos.

Sobre o assassinato de Francisca Lúcia Lopes Dantas, 32 (mulher de Jackson) que foi executada, horas depois do soldado J. Fernandes ter sido morto, o major disse que não descarta a possibilidade da participação de policial no crime. “Algum policial pode ter se exaltado com a morte do colega e matado a mulher, mas também pode ter sido um grupo rival de Jackson que aproveitou para matá-la”.

Major Lenildo contou que após a morte de Francisca ordenou que policiais da Ronda Ostensiva com o Apoio de Motocicletas (Rocam) fizessem a guarda de Jackson, no Hospital Santa Catarina. “Por questão de segurança também determinei a transferência de Jackson para o Hospital Walfredo Gurgel. O major disse que não tem informação de que tivesse sido realizado exame residuográfico em Jackson. A TN tentou contato com a corregedoria da PM para verificar se existe processo contra o soldado J. Fernandes, no órgão, mas não teve êxito.
FONTE: Tribuna do Norte

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