quarta-feira, 31 de março de 2010

Maurílio Pinto teme que outros familiares de Antônio Veras sejam assassinados

O delegado acredita que a quadrilha pode estar planejando assassinar outros membros da família do ex-prefeito de Campo Grande, morto na sexta (26).
"Eu sei que eles ainda vão tentar matar mais alguém da família Veras."
A investigação da polícia aponta como quase certo que a morte do ex-prefeito de Campo Grande, Antônio Veras, e dos policiais militares que faziam sua segurança, Jacson Cristino Dantas e Solano Costa de Medeiros, ocorridas na última sexta-feira (26), foram motivadas pela briga entre a família Veras e Carneiro. A preocupação do delegado Maurílio Pinto é que outras pessoas da família do ex-prefeito podem vir a ser alvo da quadrilha.

“Eu sei que eles ainda vão tentar matar mais alguém da família Veras. São bandidos muito vingativos, que não tem escrúpulos”, afirmou o delegado, que há anos investiga os crimes cometidos na região Oeste.

Maurílio Pinto acredita que Antônio Veras foi assassinado por vingança, já que foi acusado pela morte de José Vieira, que era envolvido com a família Carneiro e bandidos que atuam na área, cujos familiares residem em Janduís, Caraúbas, Campo Grande e Patu.

Segundo o delegado, apesar de Veras ter sido indiciado pelo Ministério Público como um dos mandantes da morte de Vieira, ele não acredita no seu envolvimento no crime.

A briga entre as famílias e a quadrilha ligada aos Carneiro já causou muitas mortes, como a dos irmãos do ex-prefeito de Campo Grande, Vicente Veras e Cesar Veras. “Quando houve o assassinato dos irmãos Veras, alguns membros dessa mesma quadrilha morreram e outros foram presos”, lembrou Maurílio.

“A quadrilha age no médio Oeste há muitos anos, e pertencia a Valdetário, Baianinho e outros que tiveram participação na morte dos Veras. Além disso, tinha a participação de outros dois bandidos, os irmãos Neném e Baiano, que estão presos em Mossoró. Eles foram presos na Bahia e no Pará, num trabalho muito bem coordenado, pois a prisão tinha que ser feita mais ou menos no mesmo horário, para que um não avisasse ao outro. Após a prisão, eles confessaram o assassinato”, explicou o delegado.

Além de atuar em assaltos a ônibus e bancos na região, a quadrilha - que é composta por mais de 20 pessoas - pratica assaltos em outros estados, como Maranhão, Bahia e Pará.

“Eu acredito que os bandidos não estejam mais nem no Rio Grande do Norte”, disse o delegado. Segundo ele, a polícia está realizando diligências e vasculhando a área em que ocorreu o crime em busca de mais informações, mas nada pode ser divulgado.

Fonte: Nominuto.com

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