terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ladrão entala na churrasqueira de botequim


Para salvar o ladrão desajeitado, os bombeiros de São Paulo tiveram de destruir a velha churrasqueira. Francisco de Almeida saiu da chaminé lambuzado de fuligem, com alguns arranhões e cara de susto.

A polícia de São Paulo foi chamada nesta terça para resolver um problema num botequim.
A churrasqueira sempre atraiu muita gente ao bar do Seu Benê e da Dona Cléia, mas nunca deste jeito.

“Ele ele pedia socorro, mas socorro de quê? E a gente perguntava onde ele estava e ele dizia que, na churrasqueira. Mas que churrasqueira?”, disse o comerciante Benedito Baldonedo.
A churrasqueira era do bar. E a voz, do visitante indesejável que ia entrar pela contramão, e ficou entalado. Os donos só ser aproximaram quando a polícia chegou.

“Aí nós escutamos ‘ai ai ai’, quando eu olho de lado, o pé do condenado estava ali no negócio de fazer churrasco”, contou a comerciante Cléia Baldonedo.
Para salvar o ladrão desajeitado, os bombeiros tiveram de destruir a velha churrasqueira. Prejuízo de uns R$ 2 mil. “Eu não vou deixar uma pessoa morrer dentro do meu estabelecimento, dentro da minha casa, praticamente. É um ser humano. Fazendo mal para os outros, mas não deixa de ser um ser humano”, disse Benedito.
Francisco de Almeida saiu da chaminé lambuzado de fuligem, com alguns arranhões e cara de susto. Não que ele seja um novato no ramo: aos 19 anos, esta é a quinta prisão pelo mesmo crime.
Desse aperto, o ladrão atrapalhado até que se livrou com relativa facilidade. Agora ele vai ter que enfrentar outro: o da Justiça, que costuma punir crimes como o dele com penas de um a dois anos de prisão em média. Só que, desta vez, ele não vai poder contar com a ajuda dos bombeiros.
O que não deu para entender foi o que o ladrão tanto queria. “Não tem riqueza. O que ele podia levar? Sal, açúcar. Dinheiro eu não deixo. Ele queria o quê?”, questionou Cléia.

“Para mim, ele não tem o juízo perfeito”, finalizou Benedito.
FONTE: Jornal Hoje (rede globo)

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