sábado, 1 de maio de 2010

PM e PF firmam acordo

A Polícia Militar e a Polícia Federal se uniram em mais uma ação contra as drogas. Contudo, desta vez, a intenção é prevenir e não apenas combater o consumo de entorpecentes. Será assinado na próxima terça-feira um convênio entre o comando da PM e a superintendência da PF para a ampliação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que atualmente chega a 21 municípios do RN, mas que deve alcançar, até 2011, mais 15 cidades potiguares.

A assinatura do protocolo de intenções visando a ampliação do Proerd está marcada para às 10h, no auditório da Polícia Federal. Criado pelo Governo do Estado em 2002, o Programa já atendeu mais de 100 mil crianças e adolescentes – só no ano passado, foram 30 mil. Esses números já apresentam o crescimento do Proerd que, no primeiro ano, atendeu apenas 100 crianças.

Através da parceria com a Polícia Federal, está prevista a aquisição de veículos, para viabilizar ações do projeto; confecção de material didático e camisetas; a transferência de conhecimentos, informações e experiências com outros Estados para melhorar a aplicabilidade das ações; e a afirmação de um protocolo de intenções com parceiros do projeto - municípios que já implantaram ou desejam disseminar as ações do programa. Ainda está previsto com a assinatura da parceria, a capacitação dos atores, líderes comunitários, técnicos, gestores e policiais – atualmente, são 70, mas se espera que até o final do ano esse número chegue a 95.
“Como possui uma grande estrutura e recebe mais verba do Governo Federal, a Polícia Federal se compromete a nos repassar parte desses recursos, como a doação de veículos, materiais didáticos e a capacitação dos profissionais”, afirmou o coordenador do Proerd, o capitão da PM, Arthur Emílio Monteiro de Araújo.

Além de crianças e adolescentes, de 10 a 16 anos, que são os principais “alvos” do programa, o Proerd também pretende, com o convênio, capacitar famílias para o enfrentamento das questões relacionadas à prevenção da violência intra-familiar. “Natal não possui um local conhecido de consumo de drogas e, por isso, acreditamos que elas estão sendo consumidas dentro da residência. Isso torna as famílias ‘reféns’ desses viciados e aumenta a violência dentro de casa”, afirmou o superintendente da PF, Marcelo Mosele.

A Polícia Federal já havia se mostrado interessada em trabalhar na prevenção das drogas, por acreditar que somente o trabalho de repressão não estava sendo suficiente, conforme revelou Mosele em entrevista coletiva concedida no 14 de abril – para a apresentação dos números de uma operação que levou a prisão de quatro pessoas por tráfico de drogas na Região Metropolitana da Capital. “É preciso investir mais na prevenção”, declarou.

FONTE: Tribuna do Norte

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